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domingo, 5 de agosto de 2012

Fernando de Noronha * (10/01/2010)


   Acordei às 08:30h, me sentindo muito mal por conta da noite de ontem, dor de barriga, dor no estômago... Fora a raiva, enquanto eu lavava minha lente ontem antes de dormir, ela rasgou. Saco né, tenho mais dois dias em Noronha e não posso mais fazer snorkel, sem contar Natal que ainda nem chegamos. Mas tudo bem, já vi de tudo por aqui mesmo... 
No café comi bem pouco, dois mini pãezinhos e um croissant também em miniatura.
    Como perdemos o ônibus de novo, resolvemos pegar um táxi buggy dessa vez, saiu por R$12,00 os quatro, até a Vila do Trinta. Fomos lá na locadora onde Rodrigo alugou a câmera, Locbuggy, ver o que eles resolveram sobre o vídeo dele. Ele tinha alugado a câmera só pra filmar o mergulho, fez 28 minutos de gravação linda, e quando entregaram o DVD, o filme não estava, mó raiva. O cara disse que o chip estava com um rapaz que consegue recuperar alguns arquivos, apesar de Rodrigo estar desacreditado, eu ainda tenho esperança. De lá fomos para o porto atrás da Praia do Leão, que a gente adorou. 
Passamos primeiro pelo Alagado dos Tubarões, na esperança de ver algum lá de cima, mas novamente, nada. Seguimos rumo ao Buraco da Raquel, que achávamos que ficava do lado da praia, mas quando chegamos lá, vimos que na verdade a praia de lá era a Praia das Caieras. Tentamos então ir de novo na terceira piscina natural de ontem, mas o guia nos disse que não podíamos, só acompanhados. 
Voltamos então para o porto, dessa vez pra um mergulho dos meninos, já que eu estava passando mal e a Máh muito cansada. Nós ficamos na areia enquanto eles iam fazer snorkel. 
Alagado dos Tubarões

Porto de Santo Antônio
Bem que avisaram que não era pra subestimar o porto, Thiago disse que viu muitos peixes, cardumes enormes, e ainda tartarugas e arraia.
Na volta passamos por uma lojinha e compramos 3 ímãs de geladeira, um pra cada um, e eu ainda comprei um para minha madrasta. Ficamos uns 20 minutos esperando o ônibus, Rodrigo desceu antes pra verificar o andamento da recuperação do vídeo dele e eu e Thiago fomos direto pra pousada. Descansei lá mais uns 20 minutos e saímos pra almoçar. Fomos ao Flamboyant porque era mais fácil, e como eu estava enjoada ainda de ontem, iria comer bem pouco mesmo, um a la carte seria prejuízo. Depois do almoço eu voltei pra pousada, não estava me sentindo nada bem pra passear a tarde, e como já tinha conhecido quase tudo da ilha mesmo, não ia fazer tanta falta assim (ou pelo menos foi o que pensei na hora...). Dormi um pouco, enquanto Thiago foi com Rodrigo mais uma vez fazer snorkel no Sueste. Quando ele chegou me contou que pagaram por um guia pra que ele mostrasse os locais em que veriam mais coisas, e funcionou. Finalmente eles conseguiram ver tubarão, e logo 5, tubarões lixas e limões. Viram também duas arraias, uma parada e uma nadando, duas lagostas, várias tartarugas, um polvo e mais um monte de peixes. E eu dormindo... hahaha, me dei mal.
Tubarão na Baía do Sueste
Tartaruga na Baía do Sueste
         A noite fomos assistir a missa na igrejinha da vila, começava às 20:00h. O padre já é um senhor bem velhinho, então fala meio enrolado e baixo, mas prestando bastante atenção dava pra entender. Os cantores eram bons, um rapaz e uma menina, criança ainda, e eles disponibilizaram os livros de cantos na mesa de entrada, para que todo mundo pudesse acompanhar as músicas. No final da missa todos os visitantes foram chamados a frente, cada um se apresentou e falou de onde vinha, e em seguida toda a igreja cantou a música para que fossemos abençoados. 
Igreja da Vila dos Remédios

Interior da igrejinha
Saímos e fomos rumo ao restaurante Xica da Silva, que eu queria conhecer, e havíamos combinado de encontrar o Rodrigo e a Máh lá, que tinham ido à palestra do Tamar. Depois de passar pelo restaurante, já quase na pousada do Zé Maria, descobrimos o porquê de não termos o visto, ele estava fechado hoje, e então resolvemos comer uma tapioca. Mas quando chegamos lá também estava fechada, andamos mais um pouco a frente, atrás do restaurante do Biu, que novamente, fechado. Descemos a rua então pra comer tapioca na casinha que fica no meio do Bosque Flamboyant, mas não tinham muitas opções, e o atendimento era ruim, então resolvemos descer e comer no Cacimba Bistrô mesmo, pra encerrar bem a estadia em Noronha, primeiro e último dia. Chegando lá descobrimos (na verdade tínhamos esquecido) que eles não aceitam pagamento no cartão, e estávamos sem nenhum dinheiro na carteira, tinha acabado tudo e o caixa eletrônico do Real estava dando erro na senha, além de ter bloqueado o cartão de Thiago com isso. Mas logo a menina disse que não tinha problema, que podíamos comer e pagar no dia seguinte, deixando apenas o nome e a pousada, FO de novo, só em Noronha... Pedimos um filé mignon, porção de arroz, batata corada e legumes ao molho shoyo. De novo uma boa pedida, estava muito bom e satisfez aos dois. 
No caminho de volta pra pousada encontramos com a Máh e o Rodrigo no Restaurante da Edilma, eles tinham pedido camarão à milanesa, e disseram que estava muito bom também.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Fernando de Noronha * (09/01/2010)

       Acordamos novamente às 07:30h, para poder encontrar a Máh e o Rodrigo às 08:00h aqui na pousada. O café da manhã continua muito bom. Perdemos o ônibus 3 minutos antes deles chegarem, então só fomos pegar outro eram quase 09:00h. Soltamos na entrada da trilha pra Praia do Sancho, perto do aeroporto. Andamos um pouquinho e logo chegamos nela, mas dessa vez não descemos as escadas, ficamos apenas no mirante tirando fotos, o visual estava lindo. Não tanto quanto deve ficar em setembro, mas pra mim, já é uma das paisagens mais bonitas que vi na vida. Seguimos a trilha em direção ao mirante da Baía dos Porcos, no meio do caminho escutamos um guia dizer ao grupo dele que aquela vista (a da Praia do Sancho), tinha sido considerada a vista mais bonita do Brasil, e realmente, eu concordo plenamente.  
       Essa parte da trilha fedia bastante, estávamos exatamente embaixo das árvores onde as “viuvinhas” (uma ave pequena, toda preta) fizeram seus ninhos, e se encontravam em abundância ali, interagindo com uma ou outra “noivinha” (uma ave também pequena, mas toda branca).

Vista do mirante para a Praia do Sancho


Viuvinhas na árvore
Andamos só mais um pouco e chegamos ao local que eu tanto queria, o mirante em que podia se ver o Morro Dois Irmãos e a Baía dos Porcos ao mesmo tempo, um visual indescritível, meu preferido na ilha (na verdade votava nele pro visual mais bonito do mundo). Ficamos tirando várias e várias fotos ali, desde as mais tradicionais, até umas que eu tinha impresso, porque queria exatamente igual (hahaha, #alocka), e também as de poses, com a mão em cima dos dois morros, apoiada de pezinho levantado, enfim... essas coisas tosquinhas, rs.
Mais adiante do mirante tradicional, cercado por cordas, achamos uma pedra que era muito melhor para as fotos, se enquadrava perfeitamente na paisagem, as fotos ficaram lindas.

Vista do Morro Dois Irmãos com a Baía dos Porcos
Essa nem foi das que eu queria igual, foi espontânea msm, rs
De lá voltamos para a Praia do Sancho para poder pegar a trilha em sentido contrário, que daria na Baía dos Golfinhos. Não estávamos indo no horário “correto”, que seria para ver a entrada deles na Baía, mas pra isso teríamos que madrugar (recomenda-se chegar lá às 06:00), e mais de perto do que a gente já tinha visto eles era impossível, capaz até de acharmos “sem graça”, então resolvemos ir mais tarde mesmo, só para apreciar a vista. Essa trilha durou bem mais, passamos por vários mirantes de tempos em tempos, passamos também por duas pontezinhas, onde uma em períodos de chuva, é onde desce a cachoeira da Praia do Sancho. Quando chegamos ao mirante dos golfinhos, estavam lá duas biólogas fazendo seus trabalhos, e duas turistas. Sentamos em um banquinho de frente para a baía, mas aparentemente não haviam golfinhos lá embaixo. A menina do Ibama nos ofereceu binóculos pra podermos observar melhor, e aí sim conseguimos ver alguns, mas bem de longe, fora da Baía. Eles estavam nadando com as embarcações que passavam, assim como tinham feito com a nossa. Ficamos um tempinho ali observando, mas realmente eram muito poucos pra ver, e muito longe, mas valeu pela vista, que também era lindíssima.
No caminho de volta encontramos com um teju bem na trilha, mas eu acabei gritando sem querer para chamar Thiago pra ver e ele acabou indo embora.

Mirante dos Golfinhos
         Almoçamos de novo no Flamboyant, já que ele é self service podíamos controlar bem a quantidade, comer bem pouco, já que a noite tínhamos o Festival Gastronômico do Zé Maria.
         Ficamos na pousada esperando e o pessoal da Blue Marlin foi nos buscar no horário exato, com nossos nomes na lista, tudo certo dessa vez pra fazer o passeio da Atalaia. A van passou em mais uma outra pousada e nos deixou na Vila do Trinta, de frente para a entrada da trilha, agora todos tem que ir primeiro na Atalaia e só depois fazer a trilha, acho que devido ao uso do protetor solar, que é proibido, e dessa forma eles tem um pouco mais de controle. Ficamos sentados em uma barraquinha esperando nosso horário, que a princípio seria 14:30h, mas passou pras 15:00h. Nossa guia se chamava Sabina, uma alemã que veio de férias pra Noronha, conheceu um ilhéu e se apaixonou, ficaram enrolando por um tempo com o namoro a distância e então resolveram se casar, e ela veio morar aqui. Super disposta, muitíssimo simpática, mas com uns foguetinhos nos pés, nossa, como ela andava rápido, o ritmo da caminhada foi bem puxado. No nosso grupo tinham ainda mais duas meninas. Na porta da trilha fica sempre um fiscal do Ibama controlando a entrada, conferindo nome por nome. Andamos uns 20 minutos da entrada até chegar na Praia da Atalaia, lá tinham mais 3 fiscais, e eles só liberavam o banho de 30 em 30 minutos, com grupos de no máximo 25 pessoas. Sabina nos disse que ontem encontraram até filhote de tubarão lá, mas como sempre, na nossa vez não tinha nenhum. A Atalaia é uma espécie de berçário de Fernando de Noronha, a maioria das espécies existentes aqui a gente encontra lá quando ainda são filhotes, é uma piscina natural, formada no começo na praia devido a um paredão de rochas. Vi muitos peixes, realmente filhotes, os peixes cirurgiões que eu tanto vi no Sueste, aqui bem pequenininhos, sargentinhos, donzelinhas-das-rocas, um peixe bicudinho parecido com um peixe espada... lá a gente não pode pisar no chão enquanto está na piscina, por risco de matar os corais, que no começo eram 10 espécies, e hoje são apenas 3.

Praia da Atalaia

Praia da Atalaia
De lá prosseguimos então com a trilha longa, que pega parte do Mar de Fora. Passamos por um mirante em que pudemos ver uma caverna nas pedras, com as ondas batendo, tudo aqui é lindo.
Um pouco mais a frente chegamos à segunda piscina natural da trilha, nessa eu não me aventurei, a profundidade era de quase 3 metros. Ficamos eu, Máh e Sabina do lado de fora, nas pedras conversando, enquanto o resto entrou. A piscina era rodeada por pedras em todos os cantos e muitos caranguejos. Lá dentro os meninos viram muitos peixes também, e em maior quantidade que na Atalaia, e ainda umas moréias pequenas. Mas essa eu também vi, logo abaixo de nós em uma outra pedra, também tinha uma moréiazinha.
Continuamos o passeio, dessa vez completamente em cima das pedras, não tinha outro caminho, uns 3 km sobre as pedras, alguns trechos com elas bem pequenas ou bem grandes, fácil de pisar, outros com umas médias um pouquinho mais complicado. Mas como haviam avisado, todos estávamos de tênis e foi bem tranqüilo, até gostei da aventura. A terceira piscina natural ficava na Praia das Caieras, rasa também, com 1 m de profundidade hoje, mas mesmo assim eu não quis entrar, estava começando a escurecer e certamente ficaria com frio. Fora as lagartas de fogo que por ali habitavam, me disseram que queimava muito e fiquei com medo.
Dessa vez as outras duas meninas também não entraram, só Thiago e Rodrigo, eles ficaram um bom tempo procurando, mas também só viram peixes e moréias, necas de tubarão. Engraçado que todo mundo vê, menos a gente... Ontem nessa mesma piscina a Sabina disse que tinham 7 tubarões, como pode? Eles devem ter algum sensor sobre nós... Terminamos a trilha perto do posto de gasolina no porto, e a van já estava lá nos esperando. Chegamos na pousada eram umas 19:10h, e fomos nos arrumar pra noite.

A segunda piscina natural

Moréia
A parte mais difícil do caminho de pedras
O jantar começava às 20:30h, e como chegamos 20 minutos mais cedo resolvemos olhar uma lojinha que tinha ali perto. Comprei uma camisa pro meu pai e Thiago uma pra tia dele, todas muito bonitas e o melhor, em promoção! rs. Fomos então para o restaurante do Zé Maria, a nossa mesa era bem no fundo, mas o bom é que a parte em que a gente estava tinha cobertura retrátil, então além de jantar a luz de velas (o que está sendo cada vez mais freqüente aqui), jantamos sob o céu estrelado, perfeito. Assim que todas as pessoas estavam acomodadas, o Zé Maria (uma figura rechonchuda, despojada, barbuda e cabeluda, com voz fina) chamou para que ficássemos ao redor da mesa e então a chef de cozinha Camila nos apresentou cada prato. Tinha desde churrasco, com picanha bovina e suína, pernil de cordeiro e peixe na folha de bananeira, passando por strogonoff de polvo, de avestruz, de camarão, camarão ao molho 4 queijos, 3 tipos de arroz (branco, com laranja e manga e com ervilhas e camarão), paella, camarões fritos... até comida japonesa.
Comecei empolgada, mas com a primeira garfada veio quase tudo de volta, me segurei pra tentar comer as coisas, mas o gosto estava muito forte, temperado demais. O camarão do molho 4 queijos com casca, e ainda peguei carne de sol sem querer, resumindo, fiquei enjoada logo de cara. Tentei comer mais algumas vezes, o strogonoff de avestruz até que era bom, mas a carne é bem dura. Fiz 3 pratos, mas contando tudo foi como se não tivesse comido nem 1 inteiro. Única coisa que eu achei deliciosa mesmo, foi uma farofa de pão velho, nossa, crocante, indescritível, bem que o Zé Maria avisou, que não podíamos sair de lá sem experimentar essa farofa. A Máh foi pelo mesmo caminho que o meu, gostando apenas um pouquinho mais, já Thiago e Rodrigo se fizeram, adoraram tudo, comeram 5 pratos e aprovaram todos os itens. Valeu a noite pela alegria dos dois. Após o jantar o Zé Maria chamou novamente para que nos fosse explicado as sobremesas, agora sim, me realizei naquela mesa. Tinha bolo de chocolate, brigadeirão, mousses, escondidinho de uva, torta romeu e julieta, pudim de leite, salada de frutas, torta de limão, licores, e mais um monte de coisas que eu esqueci.
Com tudo isso acabei comendo só 3 pedaços, estava muito enjoada do jantar e fiquei com medo de passar mal. Experimentei do pudim de leite (o da minha mãe é muito mais gostoso, hahaha), a torta de limão (que estava maravilhosa) e a torta romeu e julieta (sem palavras, disparada a melhor sobremesa, preciso pegar essa receita um dia). A Máh também comeu pouco, ela não pode comer muito doce senão passa mal, mas já Thiago e Rodrigo novamente fizeram a festa, montaram 2 pratos regados, com umas 5 variedades em cada. Depois que todo mundo se deu por satisfeito, o Zé Maria chamou novamente, dessa vez para que dançássemos ao som da “Banda Hidropônica”, que nada mais era do que os garçons, mas caramba, muito legal! Tocou de tudo, samba, MPB, marchinha, forró, até rock, que um cliente ficou imitando o Mick Jagger, correndo de um lado pro outro, deitando no chão... hilário! Saímos de lá eram 23:30h, e voltamos pra pousada pra dormir.

Parte das comidas da mesa

Sobremesas

O povo dançando, atentem para a figura do Zé Maria, de azul! rs

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Fernando de Noronha * (08/01/2010)

Colocamos o despertador para as 07:00h, mas com o passar dos dias, sempre dormindo tarde e acordando cedo, a preguiça vai ficando cada vez mais forte. Enrolei na cama por mais uma meia hora, até que Thiago resolveu levantar e tomar banho na minha frente. Fora o café da manhã, que de todos esses dias a gente só conseguiu sentar junto na mesa uma vez, e mesmo assim, ele tinha chego antes e saiu primeiro. Hoje ainda era o achocolatado ruim, então eu peguei um suco de uva, um croissant com presunto e pão de queijo recheado com polenguinho. Voltei pro quarto, terminei de me arrumar e partimos rumo a Praia do Sueste. Chegamos lá bem cedo, quase não tinham pessoas nadando, aluguei o colete e fomos. Hoje a maré estava bem mais cheia, o que é melhor, já que a praia fica com muito mais peixes e mais fácil pra entrar, sem ter que ficar raspando a barriga nas pedras. Rodamos por um tempo procurando os animais, logo no começo vimos um linguado, muito engraçado esse peixe, grande, achatado e cheio de pintinhas azuis. A vontade mesmo era de rever as tartarugas e encontrar com animais novos, como o tubarão (grande dessa vez) e uma arraia, já que os peixes aqui estão todos manjados já... rs. Brincadeira, eles são absurdamente lindos, mas realmente tem tantos, que no final você acaba achando uma coisa “normal”. Nadando mais um pouco demos de cara com uma tartaruga gigante, bem no fundo, em seu momento de descanso. Eu fui a primeira a ver, mostrei pra Thiago e depois chamamos a Máh e o Rodrigo também. Nossa, foi muito legal; eu já tinha visto tartarugas antes, mas desse tamanho não, a bicha era realmente muito grande. Só de perto também pra ter tamanha noção, tanto que eu fiquei até com medo de chegar perto demais.
A tartaruga gigante

Peixes Cirurgiões
Dizem que mordida de tartaruga é algo não muito bom, apesar de nunca terem havido relatos de ataques por aqui. Nem de tubarão há, imagine a pobre tartaruga. Fui recuando um pouco pra ficar mais longe dela, também a máscara começou a embaçar e eu subi pra consertar. Nisso, quando eu voltei a cabeça pra baixo ela já não estava mais lá. Continuamos nadando mais um pouco e vimos outra tartaruga, dessa vez bem menor, nadando. A busca pelo tubarão grande continuava pra mim, já o Gatão se contentava com qualquer que fosse, mas também não foi dessa vez. Saímos do Sueste eram já quase 11:00h, ainda precisávamos almoçar antes do mergulho. Tomei um banho rapidinho e fomos comer no restaurante Ousadia de Noronha, self service no almoço. A comida de lá é boa, mas preferi a do Flamboyant. Peguei um macarrão ao alho e óleo de novo, um pouco sem gosto, filé de frango, camarão e uma espécie de salpicão (R$9,83), mais o guaraná em lata (R$4,00). A comida deveria ser bem leve, conforme o instrutor do mergulho tinha recomendado. Confesso que fiquei bem tensa, ansiosa e com medo ao mesmo tempo. O transfer chegou pra nos buscar um pouco depois do horário combinado, o que aumentou ainda mais a tensão. Subimos na caminhonete e lá tinham mais 3 mulheres, todas apreensivas, mas todas se mostravam melhor do que eu... rs. Desembarcamos no porto e em menos de meia hora já estávamos entrando no barco. Adrenalina a mil, cada vez mais perto. Conforme íamos navegando foi nos apresentado todo o pessoal da embarcação, desde os instrutores até o comandante e o pessoal das fotos (R$30,00 cada uma, em arquivo jpeg, um absurdo) e filmagens (R$170,00).
Almoço no Restaurante Ousadia

Esperando a hora do mergulho
Logo depois disso recebemos uma aulinha sobre cuidados básicos na hora do mergulho, como os sinais: ok, água na máscara, dor no ouvido, subir e algo de errado. Também ensinaram como despressurizar o ouvido, tirar a água da máscara, nadar no sentido correto, etc. O barco deu uma primeira parada, que foi para o pessoal que já tinha o curso mergulhar, demorou um pouco e as ondas estavam batendo muito, com isso fui ficando muito enjoada. Depois de todo o pessoal profissional descer, continuamos nossa viagem até o local onde seria realizado o batismo. Assim que chegamos já pediram 3 pessoas pra descer, todos já estávamos vestidos com as roupas de neoprene, só faltava colocar o colete e o cilindro. Cada pessoa tem um instrutor específico, que fica com você todo o tempo e só desce a partir do momento em que você dá o okey de que está seguro. Como cada um tinha o tempo de 30 minutos embaixo d`água, fora o período de adaptação, e só desciam 3 por vez, ficamos um bom tempo parados ali, sempre com um pouco de ondas, até pq estávamos parados bem próximo de um paredão. Eu, Gatão e Rodrigo fomos os últimos, sendo eu a primeira entre nós. O comandante colocou uns pesinhos na minha cintura, de acordo com o meu peso, me deu os pés de pato e colocou o colete e o cilindro. Nisso o meu instrutor já estava na beira do barco me esperando, eu sentada na parte de trás dele, e me falando pra girar o corpo e descer no “3”. Achei que não fosse conseguir fazer isso, já que eu não consigo de jeito nenhum saltar de barcos, sempre uso a escadinha, mas até que foi tranqüilo. O instrutor ficou um tempo comigo na superfície, testando a máscara e o cilindro. Assim que fiquei um pouco confiante ele mandou eu enfiar a cabeça na água e continuar respirando, logo depois falou pra gente descer um pouquinho, e então fomos descendo um pouco. Começou a entrar água na minha máscara, então pedi pra subir e ele trocou de máscara comigo. A dele ficou bem melhor em mim e então fizemos os preparativos todos de novo, descendo cada vez mais e mais. Dessa vez cheguei quase no fundo, mas como estava muito nervosa acabei me atrapalhando várias vezes com a respiração e com isso expirava pelo nariz, o que fazia entrar água na máscara. Fiz o desalagamento da maneira como eles ensinaram, mas não deu muito certo, então fui ficando muito mais nervosa, tentei mais duas vezes e não consegui, desesperada já pedi pra subir, mas o instrutor ficou me acalmando, mandando eu fazer direito. Ele fazia e me mandava o imitar, tentei mais três vezes e nada, ou melhor, achei que não tivesse melhorado, mas na verdade tinha, o problema mesmo era que eu estava respirando errado, o que acabou fazendo com que entrasse água no meu nariz. Insisti pra subir e ele acatou, então me acalmei na superfície, e recomeçamos todo o processo. Dessa vez eu estava melhor, consegui descer até o final mesmo, 15 metros de profundidade, me acostumei com a máscara e com o cilindro, e começamos a nadar. Foram passando vários peixes por mim, peixes enormes, super coloridos. Alguns iguais aos da Praia do Sueste, mas bem maiores, incrível como quanto mais fundo, maior eles ficam. O problema é que mesmo tendo acostumado eu ainda estava meio tensa, e eu quando fico assim começo a tremer, mas tremo muito. De tanto eu tremer, descompassadamente (sem perceber), o instrutor começou a ficar nervoso, achando que eu estava com muito frio, começou a me perguntar se eu estava com frio, mas como eles não tinham ensinado esse gesto, eu não entendi. Continuei mergulhando, mas percebi que estávamos muito mais rápido agora, e quando eu dei por mim já estava na superfície de novo. Não era possível que já tivesse acabado o tempo, então perguntei pra ele e a resposta foi exatamente esta: “Menina, você tava quase morrendo de hipotermia lá embaixo!”, e eu sem entender nada, aí ele explicou das minhas tremedeiras e eu rindo tive que falar pra ele que não era de frio, era de nervoso. Então descemos de novo, sempre fazendo a despressurização do ouvido, foi ótimo, não senti absolutamente nada de dor.
Eu no mergulho

O fundo do mar
Continuamos o mergulho, peixes, muitos peixes, alguns pequenos, outros enormes, e o instrutor sempre me apontando as coisas. Aí de repente ele apontou e eu vi uma arraia passar nadando bem na minha frente, ela entrou em uma gruta
 e nós fomos acompanhando ela do lado de fora, lado a lado, lindo demais. A gruta era na verdade uma mini caverninha, aberta na lateral, então dava pra ver tudo. Encontrei com Thiago lá embaixo, ele tirou uma foto minha, logo depois a fotógrafa também veio e tirou uma nossa, a menina ficou um tempo ainda perto de mim e o instrutor sempre me jogando pra onde seriam lugares bonitos pra fotos.
Arraia Prego

Peixes gigantes
Passou bem rápido e logo já estávamos na superfície de novo, dessa vez em definitivo. Ele me tirou o colete e o cilindro, e me encaminhou para a escada do barco, tirei as nadadeiras, entreguei pro comandante e subi, um pouco aliviada por estar de volta ao ar e um pouco maravilhada pelas coisas lá embaixo. Pena que de novo, não consegui ver tubarão. Thiago e Rodrigo subiram logo depois, Thiago viu uma outra arraia, diferente da minha, que estava parada, e Rodrigo viu uma tartaruga e duas moréias, enormes, verdes com olhos bem azuis. Comecei a enjoar de novo no barco, mas como tínhamos sido os últimos não demorou muito para partirmos. Chegamos ao porto já eram 17:40h e a Máh, que não tinha ido mergulhar, já estava esperando pela gente por lá. Dispensamos o transfer da Noronha Divers e fomos tentar ver tubarão no alagado, que fica bem próximo ao porto. Chegamos lá e ele estava totalmente vazio, maré super baixa, de novo, não foi dessa vez... sorte que pelo menos eu já tinha visto um, mesmo que filhote, lá no Sueste. Entramos no Museu dos Tubarões de novo e Thiago cismou de comprar uns adesivos de mergulho, tava se achando o mergulhador, quer investir no curso e tudo. Voltamos pro porto pra pegar o ônibus, ele demorou um pouco e quando veio, saiu de linha. Anoiteceu e a gente ali, esperando. Nisso passou uma van da Blue Marlin e nos ofereceu carona, maravilha, nos deixaram na porta da pousada. Entramos pra nos arrumar para ir assistir a palestra do Tamar, que seria de tubarões hoje, mas quando chegamos lá eles tinham mudado o roteiro e acabou sendo sobre o Atol das Rocas, muito legal também. O palestrante era ótimo, interagia bastante com o pessoal, explicava bem as coisas, fora que as imagens de lá são maravilhosas. Na saída entramos um pouco na lojinha do Tamar, mas acabei nem comprando nada, redução de gastos, e lá é tudo bem carinho. Na volta paramos no Flamboyant pra jantar, mas eles tinham acabado de fechar a cozinha, então fomos até o Restaurante Tom Marrom.
Museu dos Tubarões

Restaurante Tom Marrom
Assim que vi o cardápio me assustei, super caro, mas também, poucas foram as refeições baratas aqui sem ser o self service. Eu pedi um frango grelhado (R$30,00), estava muito enjoada do barco ainda, e Thiago uma paella (R$45,00), ambos muito bons e descobrimos que se quiséssemos poderíamos ter dividido, olha o tamanho do prato na foto. O restaurante também é super aconchegante, luz de velas, música MPB ao vivo... Quando chegamos no hotel pra dormir já eram mais de meia noite.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Fernando de Noronha * (07/01/2010)

Finalmente pudemos acordar um pouco mais tarde, às 09:30h, o que no fundo não fez tanta diferença, já que também fomos dormir tarde. Levantei com calma, me arrumei, arrumei as coisas e fui tomar o café da manhã, que a dona Neide não tinha tirado da mesa somente por minha causa, estava me esperando (pq o certo aqui era terminar às 9h). O Nescau em caixa acabou e hoje era um outro achocolatado, não muito bom, o salaminho também tinha acabado porque eu fui a última, mas tinha mortadela defumada. A Máh e o Rodrigo tinham ido ao porto fazer umas comprinhas, encontrei com eles por volta de 11:00h aqui no ponto em frente a pousada. Ficamos todos esperando pelo transfer da Blue Marlin, que nos levaria até a praia da Atalaia hoje. O tempo foi passando, passando, e nada deles aparecerem. Estava marcado pra eles chegarem às 12:00h, quando deu 12:30h resolvemos ir lá perguntar o que tinha acontecido, com medo de que tivessem nos esquecido. A funcionária nos disse que o atraso era devido ao fato de que a praia da Atalaia não tinha sido aberta ainda, que a visibilidade estava muito ruim e que os guias estavam todos lá, esperando para que saísse a liberação. Continuamos a esperar, mas quando deu 13:00h resolvemos desistir da Atalaia por hoje, o tempo estava mesmo bem ruim, nublado demais, e fomos até a agência trocar pro sábado. Combinamos tudo e então saímos de trilha pra conhecer as praias do Mar de Dentro. Não chegamos a descer na Praia do Cachorro hoje, passamos direto rumo a Praia do Meio, muito bonita, com muitas pedras, mas também muito perigosa exatamente por isso, o mar também estava muito agitado, tudo culpa do chato do swell.
Começo da trilha.

Praia do Meio
Ficamos ali um pouco tirando fotos e admirando a paisagem, logo em seguida fomos pra praia ao lado, a Praia da Conceição, no mesmo estilo, mas essa contava ainda com várias piscinas naturais formadas pela maré. Quando chegamos perto vimos que além de tudo, as piscinhas estavam cheia de peixes, todos bem pequenos. Os danados hoje estavam a toda, sem o menor medo de chegar perto da gente, e ainda beliscando os pés, canelas, tudo o que eles achassem parecido com comida. Até que é uma sensação gostosinha, ficar ali relaxando, com vários peixinhos beliscando de leve a sua perna, rs. Encontramos uma espécie de caramujo também, bem engraçado, e ainda uma cobra d`água, pena que não consegui tirar foto dela, acho que a bichinha estava com mais medo da gente, do que nós dela. Seguimos pela trilha em direção a Praia do Boldró, e toma-lhe chão. Ninguém achou que fosse ser tão longe, andamos pela trilha um bom tempo, subindo muito, chegamos o mais próximo do Morro do Pico até hoje, e então começamos a descer, sempre andando, andando, e andando... no caminho cruzamos com vários lagartos no meio dos matos, que ficam dos lados da trilha, bichos enormes, chamados de Teju.
Praia da Conceição
Chegamos na BR, mas ainda precisávamos continuar andando, passamos pelo Tamar, pelo restaurante Tartarugão, sempre seguindo as placas. Resolvemos parar um pouco pra lanchar em uma tapiocaria, lá cada tapioca custa R$5,00 e você monta a sua escolhendo 3 itens. Para a minha pedi frango, pasta de alho e orégano; já o Gatão preferiu calabresa, queijo coalho e pasta de alho. Pra acompanhar, eu pedi um suco de “guaranaçaí” e Thiago um suco de açaí (R$5,00). Quando chegaram os sucos, eu detestei o meu, e por sorte, Thiago gostou, troquei com ele então, já que o dele era delicioso. Já a tapioca estava maravilhosa, massa fininha, recheio muito bom, ambas. Perguntamos à funcionária de lá se dava pra chegar até a praia da Cacimba do Padre pela Praia do Boldró e ela disse que com a maré baixa sim, então resolvemos tentar. A Praia do Boldró é outra com muitas pedras e piscinas naturais, um pouco mais extensa que a da Conceição, e mais bonita também. Seguimos pela areia até chegarmos as pedras, começamos a subir e descobrimos que o caminho era inviável, a maré deveria estar muito mais baixa para conseguirmos, voltamos então.
No caminho de volta Gatão avistou uma brecha na mata que nos levaria direto ao topo, sem precisarmos andar muito mais. Ele subiu rapidinho, confirmou que dava, e nós fomos atrás. Uma baita de uma subida, inclinada, cheia de folhas secas no chão, muitas pedras e galhos. Foi tensa a subida, mas nós conseguimos. Lá em cima descobrimos que logo a frente tinha um caminho já montado, com degraus naturais e tudo, mas beleza, valeu a aventura, hahaha.
Praia do Boldró

O atalho, rs.
Voltamos pra trilha, voltamos pra BR, e andamos muito ainda. Logo já estávamos em mais uma trilha de terra, o horário cada vez mais apertado, pois ainda queríamos ver a Baía dos Porcos, e deveríamos chegar lá às 17:00h, que era quando a maré estaria baixa, segundou o repórter divulgou na TV Golfinho (jornal local). Começamos a apertar o passo, a Máh e o Rodrigo ficaram pra trás, e quando fomos ver, estavam vindo os dois espertinhos com uma carona que eles arranjaram. Fomos nessa também, super gente boa a mulher, chama Fabiana, é uma carioca, mas casou com um Noronhense e veio morar aqui. Ela tem um restaurante na Praia da Cacimba do Padre e ficamos de voltar lá depois, outro dia, para comermos o famoso peixe na folha de bananeira. Atravessamos a Cacimba do Padre em um jato para conseguirmos pegar a trilha pra Baía boa ainda. Chegando na boca da trilha, encontramos com o Kim e a Lorena descendo, eles estavam fazendo o Ilha Tour. Subimos as pedras e chegamos na Baía dos Porcos um pouco mais tarde que o previsto, mas ainda assim a maré estava baixa, formando piscinas naturais cheias de peixes. O ruim era que o mar estava muito agitado, fazendo o local ficar perigoso, e depois das histórias de ontem, eu não quero mais arriscar nada.
Baía dos Porcos

Sargentinhos na Baía dos Porcos
Ficamos na Baía pouco tempo e saímos, na volta paramos um pouco na Praia da Cacimba do Padre pra descansar. Hoje quem gravou o vídeo do dia foi eu e Máh, contando todas as nossas aventuras, e com o Morro Dois Irmãos de fundo, até que ficou boa a apresentação, rs. Como já estava dando quase 18:00h resolvemos vir embora, e mais uma vez, muita trilha. A trilha nos deixou de frente pro aeroporto e ficamos lá no ponto esperando pelo ônibus, para que nos deixasse na Vila dos Remédios. Chegando aqui combinamos de nos encontrar às 20:00h pra comer. Entrei na pousada, tomei um banho quente e já comecei a me arrumar. Hoje finalmente eu consegui ver a TV Golfinho, com o Jornal da Ilha, que dá todas as dicas de Noronha, fala sobre o tempo, a maré e os ventos, além de informações sempre úteis, como o horário de abertura da Atalaia pro dia seguinte e a programação das palestras do Tamar.
Às 19:30h a Máh mandou mensagem dizendo que já estava indo jantar, pois estava tonta, e como eu não havia terminado de me arrumar, nós não fomos. Resolvemos também não ir à palestra hoje, queríamos chegar cedo na pousada pra poder descansar pro dia de amanhã, que promete! Descemos pra jantar na “Pizzaria Feitiço da Vila”, nossa muito boa a pizza. Pedimos metade camarão, metade lagosta (R$40,00), estou orgulhosa de mim, grande desbravadora da gastronomia essas férias, até carne de cabrito e tubarão eu comi. O clima do restaurante era super aconchegante, escurinho, velas nas mesas, um reggaezinho tocando no telão, recomendo. Passamos na agência do Real antes de voltar pra pousada, ficamos ainda um tempo esperando a Marcela e o Rodrigo pra combinar de amanhã, mas eles não apareceram então fomos dormir.
Total do percurso da trilha que fizemos.

Pizzaria Feitiço da Vila

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Fernando de Noronha * (06/01/2010)

Acordamos às 07:00h para fazer o passeio de barco, levantei já com a maior preguiça depois de todos esses dias acordando cedo, relutei um pouquinho com o relógio, mas os golfinhos me chamaram mais alto. Me arrumei rápido e fui tomar o café da manhã, como ontem, maravilhoso, mas hoje ainda tinha um croissant, no qual eu pus polenguinho e salaminho mais uma vez, com Nescau de caixinha, me faço com o café da manhã daqui. E também como ontem, 07:45h a van pro passeio já estava esperando pela gente na porta da pousada. Entrei correndo pro quarto, arrumei as minhas coisas e fomos. No caminho a van pegou ainda mais um pessoal, entre eles os amigos que a gente fez no passeio de ontem, a Aline e o Hudson, os brothers de Sampa, rs. Descemos no Porto de Santo Antônio, primeiramente em uma lojinha, onde aluguei de novo um colete salva vidas (R$10,00 pelo dia inteiro, é muito bom aqui pra fazer snorkel), e o Gatão deixou seu dinheirinho em Noronha mais uma vez, comprou uma bolsa para pé de pato, com o logo de mergulho bordado e escrito “Fernando de Noronha”, com um mergulhador atravessado (R$40,00), como ele mesmo disse, a melhor aquisição, muito linda a mochila. Eu fiquei namorando uns ímãs de geladeira, eram tartarugas saindo do ovo, e também escrito “Fernando de Noronha” (R$4,00), mas deixei pra comprar na volta, e acabei esquecendo. Embarcamos depois de quase 1 hora, barco Alquimista II, a primeira vista parecia meio capenga, mas foi super tranqüilo. 
Porto de Santo Antônio

Barco Alquimista II
Começamos o passeio em uma área de encontro das águas, o que causou um forte balanço, então resolvi tomar um dramin por precaução. Conseguimos um lugar muito bom, praticamente na proa, e ficamos os quatro sentados ali, de pés pra baixo, onde constantemente eram banhados pela água do mar, quero mais o que? O guia do passeio era super simpático, nos apresentou todos os pontos com o maior bom humor, começamos pelas Ilhas Secundárias, algumas formadas por calcário, outras com formação vulcânica, percorrendo todo o Mar de Dentro. 
Uma das Ilhas Secundárias.

Gatão, Rodrigo, Máh e eu, só na vida mansa.
O barco seguiu então em direção a Ponta da Sapata, e no meio do caminho o momento mais esperado, sonhado por todas as noites, dias e tardes: os golfinhos apareceram para nos “saudar”. Nossa, não tenho nem palavras pra descrever essa sensação, uma das coisas mais lindas que já vi na vida, e eram muitos deles. Eu que estava com medo de não ver, que já tinha ficado encantada ontem vendo-os tão de longe, fiquei realmente em estado de êxtase em vê-los tão de perto, e tantos. Assim que os avistamos e eles vieram em direção ao barco, o piloto desligou o motor e fomos bem devagarzinho, com eles sempre nos acompanhando bem na proa, mostrando exatamente tudo que nós havíamos visto na palestra. Os guardas na frente, acompanhando o barco, despistando a atenção do resto do bando, que nadava um pouco mais longe. Vez ou outra um deles saia da guarda, como se pra avisar alguma coisa, e quando voltava vinha com mais uns 3. Eles ficavam em ziguezague pela proa, levantando pra respirar e arrancando suspiros de toda a platéia. Consegui fotos muito boas, principalmente graças ao nosso guia, que mostrou uma maneira ótima de nos posicionarmos para que saíssemos na foto com eles. Cada vez chegava mais golfinhos, cheguei a contar 8 em fileira acompanhando o lado esquerdo do barco, fora os que estavam do lado direito, nunca achei que veria tantos... eu não conseguia parar de olhar pra eles, maravilhada com cada gesto, com a quantidade, e com o tempo em que eles ficaram nadando ao lado do nosso barco.
Sonho!

Golfinhos rotadores.
Eles sumiram por um tempo, ligamos o motor de novo e continuamos nosso passeio, mas logo mais na frente, menos de 5 minutos, eles estavam de volta, vieram logo os guardas nos seguir, mas dessa vez tinha um grupo recuado, mas mesmo assim a uma boa visão nossa, fazendo seus exibicionismos. O primeiro golfinho saltou no ar e girou o corpo algumas vezes, logo uma parte do grupo foi até onde ele estava, em seguida dois deles começaram a levantar da água e bater com a cabeça, segundo a palestrante de ontem, mostrando qual direção o resto do grupo deveria seguir, e inacreditavelmente, era isso que era feito. Eles ficaram ainda um tempo nadando distantes, uns guardas ainda acompanhando nossa embarcação, e depois sumiram de novo. Continuamos e chegamos na Ponta da Sapata, onde tem um buraco esculpido na pedra, que olhando de longe parece com um golfinho, e chegando mais de perto, o mapa da África. Na volta o barco fez uma parada na Baía do Sancho para que pudéssemos fazer um mergulho livre de apnéia. Desci do barco, mas já estava meio irritada com o snorkel, ficava entrando muita água na máscara e a gengiva já estava toda ferida por ontem. Fiquei bem pouco tempo, tinham apenas alguns peixes, e muita gente se amontoando.
Ponta da Sapata

Baía do Sancho
Voltei pro barco com a Máh e os meninos ainda continuaram um pouco lá embaixo, Gatão como sempre muito bem munido com seu saco estanque. Depois de 40 minutos estavam todos no barco de novo e seguimos rumo ao porto, para o fim do passeio. Dessa vez fomos na parte de cima do barco, nossa área vip, com banquinhos e tudo, muito bom. No caminho de volta a gente deu uma parada em frente ao Forte dos Remédios, onde fica uma pedra com uma entrada enorme, com uma caverna, por onde a água entra e quando sai faz um barulho muito parecido com o rugido de um leão, bem audível, impressionante. Uns 5 minutos depois já estávamos no porto, desembarcamos e pegamos nosso transfer de volta. Decidimos descer no restaurante do Zé Maria para já pagar a reserva da noite gastronômica, demos uma olhada no cardápio e resolvemos ficar por lá logo e almoçar. O lugar é lindo, super aconchegante. Devido à numerologia todos os preços são terminados em “8”, e de acordo com cada chef os pratos levam nomes específicos, como por exemplo o picadinho de picanha da Manu, misto quente do Thiaguinho e Gabi (só não gostei dessa Gabi intrometida, haha), e o melhor de todos, o pequeno gatinho do Bartô, em alusão ao petit gateau. Nosso pedido foi “Lâminas de Meca à Namorados Okinawa” (R$59,98), que consistia em peixe e camarão flambados (4 postas de peixe e 2 camarões em cima de cada) servidos sobre purê de castanha e molho de mostarda dijon, e mais uma porção de arroz branco (R$9,98). Sem palavras pra esse prato, eu que não gosto de peixe fiquei maravilhada com o gosto, sensacional.
Restaurante do Zé Maria.

Nosso pedido, huuum!
No meio do almoço o mal estar do dramin começou a fazer efeito, bateu um sono sem igual, tanto em mim quanto na Máh. Eu fiquei tão acabada, que só pra ter uma noção, nem foto eu queria tirar mais, hahaha. Os meninos ainda queriam fazer mais coisas, e eu e Máh não agüentávamos mais o ritmo, então decidimos que nós voltaríamos para a pousada pra descansar e eles sairiam rumo ao desbravamento da ilha. Quando estávamos pagando a conta o Bruno Gagliasso ligou, ele estava hospedado na Pousada do Zé Maria, e se tivéssemos chegado 30 minutos mais tarde, encontraríamos com ele por lá também. Saímos e fomos pro ponto, o ônibus sentido Vila dos Remédios chegou primeiro, comecei a pegar as coisas rápido com Thiago, pois ele não queria levar nada com ele, e descobrimos que havíamos esquecido a câmera no balcão do restaurante. Como a Máh já havia entrado e pago, ela foi com o ônibus e eu fiquei. Thiago foi correndo de volta ao restaurante e trouxe a máquina. Agora sim, tudo certo, peguei meu caminho rumo a Vila. Como o ônibus havia acabado de passar, e aqui eles circulam de meia em meia hora, resolvi ir andando, já que o motorista havia dito que era perto, caso passasse algum por mim no caminho eu faria sinal. Nem precisou, andei uns 10 minutos só, e logo já estava na pousada. Quando Thiago voltou eu já estava dormindo, acordei com ele deitando e perguntei o que eles haviam feito, confesso que fiquei com uma baita invejinha quando soube. Mas além de tudo, eu estava com muitas dores na perna, pelo Ilha Tour, e não daria mesmo pra acompanhar. Eles foram até a Praia do Sueste pra fazer snorkel, viram muitas tartarugas, vários cardumes de peixes, coisa linda demais. Vi tudo pelas fotos e vídeos que Thiago fez. De lá eles foram em trilha pra Cacimba do Padre, e de lá pra Baía dos Porcos, que hoje estava muito mais calma que ontem, a maré baixou bem e eles tiraram fotos lindíssimas, criou até uma “jacuzzi” natural nas pedras, e ainda subiram até o mirante para verem os Dois Irmãos.
Cardume de peixes cirurgiões.

Tartarugas

Milhões deles.

Baía dos Porcos
No caminho de volta eles viram o Bruno Gagliasso indo embora de Noronha, no aeroporto. Encontraram também com outro cadete, oops, aspira, o Kim com a (atualmente) esposa. Depois de ouvir todos os relatos e ver todas as fotos, dormimos mais um pouquinho e logo levantamos para nos arrumar pra noite. Decidimos por comer no Ousadia de Noronha, no caminho encontramos com o Kim de novo. Ficamos um bom tempo conversando, indicamos o Cacimba Bistrô pra eles, e nos demos conta que já estava tarde, precisávamos reservar o mergulho e confirmar o horário da Praia da Atalaia amanhã. Saquei dinheiro na agência do Real e fechamos o mergulho pra sexta feira, ficamos ainda um tempo conversando com um funcionário de lá, que está na ilha há 7 anos, e nos contou algumas histórias. Uma delas que antigamente, chamavam o Morro Dois Irmãos de “Tetas de Fafá de Belém”, mas que depois dos gêmeos que apareceram mortos ali, um em cada morro, mudaram o nome. Os gêmeos vieram comemorar aniversário na ilha, e durante um mergulho de apnéia na região dos morros, entrou uma corrente baixa que os puxou, agitou toda a região e os lançou de um lado pro outro, resultando nos corpos sendo encontrados depois. Muito triste, mas como o carinha mesmo disse, nos serve de exemplo pra sempre termos cautela, a beleza não é sinônimo de calmaria, ela pode sim ser violenta e traiçoeira. Nos contou também do porquê de as águas da ilha estarem tão agitadas, devido a um fenômeno conhecido como “swell”, encontro dos ventos, que geralmente acontecia no mês de outubro, ano passado ocorreu em novembro, e esse ano em dezembro. O atraso da sua chegada está mudando toda a rotina de Noronha, nem o aqua sub estão podendo realizar, tamanha é a falta de visibilidade, que normalmente chega a 50 metros. Nos despedimos dele e partimos para a Blue Marlin, chegando lá descobrimos que eles não conseguiram agendar nosso passeio pra amanhã, pois já estava esgotado (na Atalaia só podem entrar 100 pessoas por dia) mas como eles disseram que havia grande possibilidade de conseguir um encaixe, e caso não conseguíssemos poderíamos fazer de novo outro dia, aceitamos. Saímos de lá e fomos então finalmente comer, a noite no Ousadia eles servem vários tipos de sanduíches, mas quando chegamos lá a menina nos informou que eles estavam sem pão bola, e que estavam fazendo tudo com pão de forma, por isso as opções estavam restritas. Aqui na ilha tem muito disso, como as coisas vem todas do continente nem sempre o estoque supre as necessidades. Eu pedi um x-bacon e Thiago um x-egg, ambos muito gostosos. Pra galera do suco, eles tem de cajá e pitanga, que quem bebeu disse que estava maravilhoso. De lá voltamos pra Vila dos Remédios, pra ir ao forró do Bar do Cachorro, quando chegamos ainda estava um pouco vazio, mas foi enchendo aos poucos.
Bar do Cachorro

Os bangalôs
Ambiente super agradável, céu estrelado, palco com centro pra dança a céu aberto, alguns bangalôs com mesas a luz de velas. A música também era muito boa, tocou além do forró (todos bons) um pouco de reggae, que a banda puxou um pouquinho pro ritmo deles. Pagamos R$15,00 o casal pra entrar e valeu muito a pena. Dançamos bastante, tanto quanto as dores na coxa permitiram, climinha romântico, bom demais. O forró acabou eram quase 01:30h, e então voltamos pra pousada.