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terça-feira, 26 de abril de 2011

Fernando de Noronha * (07/01/2010)

Finalmente pudemos acordar um pouco mais tarde, às 09:30h, o que no fundo não fez tanta diferença, já que também fomos dormir tarde. Levantei com calma, me arrumei, arrumei as coisas e fui tomar o café da manhã, que a dona Neide não tinha tirado da mesa somente por minha causa, estava me esperando (pq o certo aqui era terminar às 9h). O Nescau em caixa acabou e hoje era um outro achocolatado, não muito bom, o salaminho também tinha acabado porque eu fui a última, mas tinha mortadela defumada. A Máh e o Rodrigo tinham ido ao porto fazer umas comprinhas, encontrei com eles por volta de 11:00h aqui no ponto em frente a pousada. Ficamos todos esperando pelo transfer da Blue Marlin, que nos levaria até a praia da Atalaia hoje. O tempo foi passando, passando, e nada deles aparecerem. Estava marcado pra eles chegarem às 12:00h, quando deu 12:30h resolvemos ir lá perguntar o que tinha acontecido, com medo de que tivessem nos esquecido. A funcionária nos disse que o atraso era devido ao fato de que a praia da Atalaia não tinha sido aberta ainda, que a visibilidade estava muito ruim e que os guias estavam todos lá, esperando para que saísse a liberação. Continuamos a esperar, mas quando deu 13:00h resolvemos desistir da Atalaia por hoje, o tempo estava mesmo bem ruim, nublado demais, e fomos até a agência trocar pro sábado. Combinamos tudo e então saímos de trilha pra conhecer as praias do Mar de Dentro. Não chegamos a descer na Praia do Cachorro hoje, passamos direto rumo a Praia do Meio, muito bonita, com muitas pedras, mas também muito perigosa exatamente por isso, o mar também estava muito agitado, tudo culpa do chato do swell.
Começo da trilha.

Praia do Meio
Ficamos ali um pouco tirando fotos e admirando a paisagem, logo em seguida fomos pra praia ao lado, a Praia da Conceição, no mesmo estilo, mas essa contava ainda com várias piscinas naturais formadas pela maré. Quando chegamos perto vimos que além de tudo, as piscinhas estavam cheia de peixes, todos bem pequenos. Os danados hoje estavam a toda, sem o menor medo de chegar perto da gente, e ainda beliscando os pés, canelas, tudo o que eles achassem parecido com comida. Até que é uma sensação gostosinha, ficar ali relaxando, com vários peixinhos beliscando de leve a sua perna, rs. Encontramos uma espécie de caramujo também, bem engraçado, e ainda uma cobra d`água, pena que não consegui tirar foto dela, acho que a bichinha estava com mais medo da gente, do que nós dela. Seguimos pela trilha em direção a Praia do Boldró, e toma-lhe chão. Ninguém achou que fosse ser tão longe, andamos pela trilha um bom tempo, subindo muito, chegamos o mais próximo do Morro do Pico até hoje, e então começamos a descer, sempre andando, andando, e andando... no caminho cruzamos com vários lagartos no meio dos matos, que ficam dos lados da trilha, bichos enormes, chamados de Teju.
Praia da Conceição
Chegamos na BR, mas ainda precisávamos continuar andando, passamos pelo Tamar, pelo restaurante Tartarugão, sempre seguindo as placas. Resolvemos parar um pouco pra lanchar em uma tapiocaria, lá cada tapioca custa R$5,00 e você monta a sua escolhendo 3 itens. Para a minha pedi frango, pasta de alho e orégano; já o Gatão preferiu calabresa, queijo coalho e pasta de alho. Pra acompanhar, eu pedi um suco de “guaranaçaí” e Thiago um suco de açaí (R$5,00). Quando chegaram os sucos, eu detestei o meu, e por sorte, Thiago gostou, troquei com ele então, já que o dele era delicioso. Já a tapioca estava maravilhosa, massa fininha, recheio muito bom, ambas. Perguntamos à funcionária de lá se dava pra chegar até a praia da Cacimba do Padre pela Praia do Boldró e ela disse que com a maré baixa sim, então resolvemos tentar. A Praia do Boldró é outra com muitas pedras e piscinas naturais, um pouco mais extensa que a da Conceição, e mais bonita também. Seguimos pela areia até chegarmos as pedras, começamos a subir e descobrimos que o caminho era inviável, a maré deveria estar muito mais baixa para conseguirmos, voltamos então.
No caminho de volta Gatão avistou uma brecha na mata que nos levaria direto ao topo, sem precisarmos andar muito mais. Ele subiu rapidinho, confirmou que dava, e nós fomos atrás. Uma baita de uma subida, inclinada, cheia de folhas secas no chão, muitas pedras e galhos. Foi tensa a subida, mas nós conseguimos. Lá em cima descobrimos que logo a frente tinha um caminho já montado, com degraus naturais e tudo, mas beleza, valeu a aventura, hahaha.
Praia do Boldró

O atalho, rs.
Voltamos pra trilha, voltamos pra BR, e andamos muito ainda. Logo já estávamos em mais uma trilha de terra, o horário cada vez mais apertado, pois ainda queríamos ver a Baía dos Porcos, e deveríamos chegar lá às 17:00h, que era quando a maré estaria baixa, segundou o repórter divulgou na TV Golfinho (jornal local). Começamos a apertar o passo, a Máh e o Rodrigo ficaram pra trás, e quando fomos ver, estavam vindo os dois espertinhos com uma carona que eles arranjaram. Fomos nessa também, super gente boa a mulher, chama Fabiana, é uma carioca, mas casou com um Noronhense e veio morar aqui. Ela tem um restaurante na Praia da Cacimba do Padre e ficamos de voltar lá depois, outro dia, para comermos o famoso peixe na folha de bananeira. Atravessamos a Cacimba do Padre em um jato para conseguirmos pegar a trilha pra Baía boa ainda. Chegando na boca da trilha, encontramos com o Kim e a Lorena descendo, eles estavam fazendo o Ilha Tour. Subimos as pedras e chegamos na Baía dos Porcos um pouco mais tarde que o previsto, mas ainda assim a maré estava baixa, formando piscinas naturais cheias de peixes. O ruim era que o mar estava muito agitado, fazendo o local ficar perigoso, e depois das histórias de ontem, eu não quero mais arriscar nada.
Baía dos Porcos

Sargentinhos na Baía dos Porcos
Ficamos na Baía pouco tempo e saímos, na volta paramos um pouco na Praia da Cacimba do Padre pra descansar. Hoje quem gravou o vídeo do dia foi eu e Máh, contando todas as nossas aventuras, e com o Morro Dois Irmãos de fundo, até que ficou boa a apresentação, rs. Como já estava dando quase 18:00h resolvemos vir embora, e mais uma vez, muita trilha. A trilha nos deixou de frente pro aeroporto e ficamos lá no ponto esperando pelo ônibus, para que nos deixasse na Vila dos Remédios. Chegando aqui combinamos de nos encontrar às 20:00h pra comer. Entrei na pousada, tomei um banho quente e já comecei a me arrumar. Hoje finalmente eu consegui ver a TV Golfinho, com o Jornal da Ilha, que dá todas as dicas de Noronha, fala sobre o tempo, a maré e os ventos, além de informações sempre úteis, como o horário de abertura da Atalaia pro dia seguinte e a programação das palestras do Tamar.
Às 19:30h a Máh mandou mensagem dizendo que já estava indo jantar, pois estava tonta, e como eu não havia terminado de me arrumar, nós não fomos. Resolvemos também não ir à palestra hoje, queríamos chegar cedo na pousada pra poder descansar pro dia de amanhã, que promete! Descemos pra jantar na “Pizzaria Feitiço da Vila”, nossa muito boa a pizza. Pedimos metade camarão, metade lagosta (R$40,00), estou orgulhosa de mim, grande desbravadora da gastronomia essas férias, até carne de cabrito e tubarão eu comi. O clima do restaurante era super aconchegante, escurinho, velas nas mesas, um reggaezinho tocando no telão, recomendo. Passamos na agência do Real antes de voltar pra pousada, ficamos ainda um tempo esperando a Marcela e o Rodrigo pra combinar de amanhã, mas eles não apareceram então fomos dormir.
Total do percurso da trilha que fizemos.

Pizzaria Feitiço da Vila

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Fernando de Noronha * (06/01/2010)

Acordamos às 07:00h para fazer o passeio de barco, levantei já com a maior preguiça depois de todos esses dias acordando cedo, relutei um pouquinho com o relógio, mas os golfinhos me chamaram mais alto. Me arrumei rápido e fui tomar o café da manhã, como ontem, maravilhoso, mas hoje ainda tinha um croissant, no qual eu pus polenguinho e salaminho mais uma vez, com Nescau de caixinha, me faço com o café da manhã daqui. E também como ontem, 07:45h a van pro passeio já estava esperando pela gente na porta da pousada. Entrei correndo pro quarto, arrumei as minhas coisas e fomos. No caminho a van pegou ainda mais um pessoal, entre eles os amigos que a gente fez no passeio de ontem, a Aline e o Hudson, os brothers de Sampa, rs. Descemos no Porto de Santo Antônio, primeiramente em uma lojinha, onde aluguei de novo um colete salva vidas (R$10,00 pelo dia inteiro, é muito bom aqui pra fazer snorkel), e o Gatão deixou seu dinheirinho em Noronha mais uma vez, comprou uma bolsa para pé de pato, com o logo de mergulho bordado e escrito “Fernando de Noronha”, com um mergulhador atravessado (R$40,00), como ele mesmo disse, a melhor aquisição, muito linda a mochila. Eu fiquei namorando uns ímãs de geladeira, eram tartarugas saindo do ovo, e também escrito “Fernando de Noronha” (R$4,00), mas deixei pra comprar na volta, e acabei esquecendo. Embarcamos depois de quase 1 hora, barco Alquimista II, a primeira vista parecia meio capenga, mas foi super tranqüilo. 
Porto de Santo Antônio

Barco Alquimista II
Começamos o passeio em uma área de encontro das águas, o que causou um forte balanço, então resolvi tomar um dramin por precaução. Conseguimos um lugar muito bom, praticamente na proa, e ficamos os quatro sentados ali, de pés pra baixo, onde constantemente eram banhados pela água do mar, quero mais o que? O guia do passeio era super simpático, nos apresentou todos os pontos com o maior bom humor, começamos pelas Ilhas Secundárias, algumas formadas por calcário, outras com formação vulcânica, percorrendo todo o Mar de Dentro. 
Uma das Ilhas Secundárias.

Gatão, Rodrigo, Máh e eu, só na vida mansa.
O barco seguiu então em direção a Ponta da Sapata, e no meio do caminho o momento mais esperado, sonhado por todas as noites, dias e tardes: os golfinhos apareceram para nos “saudar”. Nossa, não tenho nem palavras pra descrever essa sensação, uma das coisas mais lindas que já vi na vida, e eram muitos deles. Eu que estava com medo de não ver, que já tinha ficado encantada ontem vendo-os tão de longe, fiquei realmente em estado de êxtase em vê-los tão de perto, e tantos. Assim que os avistamos e eles vieram em direção ao barco, o piloto desligou o motor e fomos bem devagarzinho, com eles sempre nos acompanhando bem na proa, mostrando exatamente tudo que nós havíamos visto na palestra. Os guardas na frente, acompanhando o barco, despistando a atenção do resto do bando, que nadava um pouco mais longe. Vez ou outra um deles saia da guarda, como se pra avisar alguma coisa, e quando voltava vinha com mais uns 3. Eles ficavam em ziguezague pela proa, levantando pra respirar e arrancando suspiros de toda a platéia. Consegui fotos muito boas, principalmente graças ao nosso guia, que mostrou uma maneira ótima de nos posicionarmos para que saíssemos na foto com eles. Cada vez chegava mais golfinhos, cheguei a contar 8 em fileira acompanhando o lado esquerdo do barco, fora os que estavam do lado direito, nunca achei que veria tantos... eu não conseguia parar de olhar pra eles, maravilhada com cada gesto, com a quantidade, e com o tempo em que eles ficaram nadando ao lado do nosso barco.
Sonho!

Golfinhos rotadores.
Eles sumiram por um tempo, ligamos o motor de novo e continuamos nosso passeio, mas logo mais na frente, menos de 5 minutos, eles estavam de volta, vieram logo os guardas nos seguir, mas dessa vez tinha um grupo recuado, mas mesmo assim a uma boa visão nossa, fazendo seus exibicionismos. O primeiro golfinho saltou no ar e girou o corpo algumas vezes, logo uma parte do grupo foi até onde ele estava, em seguida dois deles começaram a levantar da água e bater com a cabeça, segundo a palestrante de ontem, mostrando qual direção o resto do grupo deveria seguir, e inacreditavelmente, era isso que era feito. Eles ficaram ainda um tempo nadando distantes, uns guardas ainda acompanhando nossa embarcação, e depois sumiram de novo. Continuamos e chegamos na Ponta da Sapata, onde tem um buraco esculpido na pedra, que olhando de longe parece com um golfinho, e chegando mais de perto, o mapa da África. Na volta o barco fez uma parada na Baía do Sancho para que pudéssemos fazer um mergulho livre de apnéia. Desci do barco, mas já estava meio irritada com o snorkel, ficava entrando muita água na máscara e a gengiva já estava toda ferida por ontem. Fiquei bem pouco tempo, tinham apenas alguns peixes, e muita gente se amontoando.
Ponta da Sapata

Baía do Sancho
Voltei pro barco com a Máh e os meninos ainda continuaram um pouco lá embaixo, Gatão como sempre muito bem munido com seu saco estanque. Depois de 40 minutos estavam todos no barco de novo e seguimos rumo ao porto, para o fim do passeio. Dessa vez fomos na parte de cima do barco, nossa área vip, com banquinhos e tudo, muito bom. No caminho de volta a gente deu uma parada em frente ao Forte dos Remédios, onde fica uma pedra com uma entrada enorme, com uma caverna, por onde a água entra e quando sai faz um barulho muito parecido com o rugido de um leão, bem audível, impressionante. Uns 5 minutos depois já estávamos no porto, desembarcamos e pegamos nosso transfer de volta. Decidimos descer no restaurante do Zé Maria para já pagar a reserva da noite gastronômica, demos uma olhada no cardápio e resolvemos ficar por lá logo e almoçar. O lugar é lindo, super aconchegante. Devido à numerologia todos os preços são terminados em “8”, e de acordo com cada chef os pratos levam nomes específicos, como por exemplo o picadinho de picanha da Manu, misto quente do Thiaguinho e Gabi (só não gostei dessa Gabi intrometida, haha), e o melhor de todos, o pequeno gatinho do Bartô, em alusão ao petit gateau. Nosso pedido foi “Lâminas de Meca à Namorados Okinawa” (R$59,98), que consistia em peixe e camarão flambados (4 postas de peixe e 2 camarões em cima de cada) servidos sobre purê de castanha e molho de mostarda dijon, e mais uma porção de arroz branco (R$9,98). Sem palavras pra esse prato, eu que não gosto de peixe fiquei maravilhada com o gosto, sensacional.
Restaurante do Zé Maria.

Nosso pedido, huuum!
No meio do almoço o mal estar do dramin começou a fazer efeito, bateu um sono sem igual, tanto em mim quanto na Máh. Eu fiquei tão acabada, que só pra ter uma noção, nem foto eu queria tirar mais, hahaha. Os meninos ainda queriam fazer mais coisas, e eu e Máh não agüentávamos mais o ritmo, então decidimos que nós voltaríamos para a pousada pra descansar e eles sairiam rumo ao desbravamento da ilha. Quando estávamos pagando a conta o Bruno Gagliasso ligou, ele estava hospedado na Pousada do Zé Maria, e se tivéssemos chegado 30 minutos mais tarde, encontraríamos com ele por lá também. Saímos e fomos pro ponto, o ônibus sentido Vila dos Remédios chegou primeiro, comecei a pegar as coisas rápido com Thiago, pois ele não queria levar nada com ele, e descobrimos que havíamos esquecido a câmera no balcão do restaurante. Como a Máh já havia entrado e pago, ela foi com o ônibus e eu fiquei. Thiago foi correndo de volta ao restaurante e trouxe a máquina. Agora sim, tudo certo, peguei meu caminho rumo a Vila. Como o ônibus havia acabado de passar, e aqui eles circulam de meia em meia hora, resolvi ir andando, já que o motorista havia dito que era perto, caso passasse algum por mim no caminho eu faria sinal. Nem precisou, andei uns 10 minutos só, e logo já estava na pousada. Quando Thiago voltou eu já estava dormindo, acordei com ele deitando e perguntei o que eles haviam feito, confesso que fiquei com uma baita invejinha quando soube. Mas além de tudo, eu estava com muitas dores na perna, pelo Ilha Tour, e não daria mesmo pra acompanhar. Eles foram até a Praia do Sueste pra fazer snorkel, viram muitas tartarugas, vários cardumes de peixes, coisa linda demais. Vi tudo pelas fotos e vídeos que Thiago fez. De lá eles foram em trilha pra Cacimba do Padre, e de lá pra Baía dos Porcos, que hoje estava muito mais calma que ontem, a maré baixou bem e eles tiraram fotos lindíssimas, criou até uma “jacuzzi” natural nas pedras, e ainda subiram até o mirante para verem os Dois Irmãos.
Cardume de peixes cirurgiões.

Tartarugas

Milhões deles.

Baía dos Porcos
No caminho de volta eles viram o Bruno Gagliasso indo embora de Noronha, no aeroporto. Encontraram também com outro cadete, oops, aspira, o Kim com a (atualmente) esposa. Depois de ouvir todos os relatos e ver todas as fotos, dormimos mais um pouquinho e logo levantamos para nos arrumar pra noite. Decidimos por comer no Ousadia de Noronha, no caminho encontramos com o Kim de novo. Ficamos um bom tempo conversando, indicamos o Cacimba Bistrô pra eles, e nos demos conta que já estava tarde, precisávamos reservar o mergulho e confirmar o horário da Praia da Atalaia amanhã. Saquei dinheiro na agência do Real e fechamos o mergulho pra sexta feira, ficamos ainda um tempo conversando com um funcionário de lá, que está na ilha há 7 anos, e nos contou algumas histórias. Uma delas que antigamente, chamavam o Morro Dois Irmãos de “Tetas de Fafá de Belém”, mas que depois dos gêmeos que apareceram mortos ali, um em cada morro, mudaram o nome. Os gêmeos vieram comemorar aniversário na ilha, e durante um mergulho de apnéia na região dos morros, entrou uma corrente baixa que os puxou, agitou toda a região e os lançou de um lado pro outro, resultando nos corpos sendo encontrados depois. Muito triste, mas como o carinha mesmo disse, nos serve de exemplo pra sempre termos cautela, a beleza não é sinônimo de calmaria, ela pode sim ser violenta e traiçoeira. Nos contou também do porquê de as águas da ilha estarem tão agitadas, devido a um fenômeno conhecido como “swell”, encontro dos ventos, que geralmente acontecia no mês de outubro, ano passado ocorreu em novembro, e esse ano em dezembro. O atraso da sua chegada está mudando toda a rotina de Noronha, nem o aqua sub estão podendo realizar, tamanha é a falta de visibilidade, que normalmente chega a 50 metros. Nos despedimos dele e partimos para a Blue Marlin, chegando lá descobrimos que eles não conseguiram agendar nosso passeio pra amanhã, pois já estava esgotado (na Atalaia só podem entrar 100 pessoas por dia) mas como eles disseram que havia grande possibilidade de conseguir um encaixe, e caso não conseguíssemos poderíamos fazer de novo outro dia, aceitamos. Saímos de lá e fomos então finalmente comer, a noite no Ousadia eles servem vários tipos de sanduíches, mas quando chegamos lá a menina nos informou que eles estavam sem pão bola, e que estavam fazendo tudo com pão de forma, por isso as opções estavam restritas. Aqui na ilha tem muito disso, como as coisas vem todas do continente nem sempre o estoque supre as necessidades. Eu pedi um x-bacon e Thiago um x-egg, ambos muito gostosos. Pra galera do suco, eles tem de cajá e pitanga, que quem bebeu disse que estava maravilhoso. De lá voltamos pra Vila dos Remédios, pra ir ao forró do Bar do Cachorro, quando chegamos ainda estava um pouco vazio, mas foi enchendo aos poucos.
Bar do Cachorro

Os bangalôs
Ambiente super agradável, céu estrelado, palco com centro pra dança a céu aberto, alguns bangalôs com mesas a luz de velas. A música também era muito boa, tocou além do forró (todos bons) um pouco de reggae, que a banda puxou um pouquinho pro ritmo deles. Pagamos R$15,00 o casal pra entrar e valeu muito a pena. Dançamos bastante, tanto quanto as dores na coxa permitiram, climinha romântico, bom demais. O forró acabou eram quase 01:30h, e então voltamos pra pousada.