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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Fernando de Noronha * (08/01/2010)

Colocamos o despertador para as 07:00h, mas com o passar dos dias, sempre dormindo tarde e acordando cedo, a preguiça vai ficando cada vez mais forte. Enrolei na cama por mais uma meia hora, até que Thiago resolveu levantar e tomar banho na minha frente. Fora o café da manhã, que de todos esses dias a gente só conseguiu sentar junto na mesa uma vez, e mesmo assim, ele tinha chego antes e saiu primeiro. Hoje ainda era o achocolatado ruim, então eu peguei um suco de uva, um croissant com presunto e pão de queijo recheado com polenguinho. Voltei pro quarto, terminei de me arrumar e partimos rumo a Praia do Sueste. Chegamos lá bem cedo, quase não tinham pessoas nadando, aluguei o colete e fomos. Hoje a maré estava bem mais cheia, o que é melhor, já que a praia fica com muito mais peixes e mais fácil pra entrar, sem ter que ficar raspando a barriga nas pedras. Rodamos por um tempo procurando os animais, logo no começo vimos um linguado, muito engraçado esse peixe, grande, achatado e cheio de pintinhas azuis. A vontade mesmo era de rever as tartarugas e encontrar com animais novos, como o tubarão (grande dessa vez) e uma arraia, já que os peixes aqui estão todos manjados já... rs. Brincadeira, eles são absurdamente lindos, mas realmente tem tantos, que no final você acaba achando uma coisa “normal”. Nadando mais um pouco demos de cara com uma tartaruga gigante, bem no fundo, em seu momento de descanso. Eu fui a primeira a ver, mostrei pra Thiago e depois chamamos a Máh e o Rodrigo também. Nossa, foi muito legal; eu já tinha visto tartarugas antes, mas desse tamanho não, a bicha era realmente muito grande. Só de perto também pra ter tamanha noção, tanto que eu fiquei até com medo de chegar perto demais.
A tartaruga gigante

Peixes Cirurgiões
Dizem que mordida de tartaruga é algo não muito bom, apesar de nunca terem havido relatos de ataques por aqui. Nem de tubarão há, imagine a pobre tartaruga. Fui recuando um pouco pra ficar mais longe dela, também a máscara começou a embaçar e eu subi pra consertar. Nisso, quando eu voltei a cabeça pra baixo ela já não estava mais lá. Continuamos nadando mais um pouco e vimos outra tartaruga, dessa vez bem menor, nadando. A busca pelo tubarão grande continuava pra mim, já o Gatão se contentava com qualquer que fosse, mas também não foi dessa vez. Saímos do Sueste eram já quase 11:00h, ainda precisávamos almoçar antes do mergulho. Tomei um banho rapidinho e fomos comer no restaurante Ousadia de Noronha, self service no almoço. A comida de lá é boa, mas preferi a do Flamboyant. Peguei um macarrão ao alho e óleo de novo, um pouco sem gosto, filé de frango, camarão e uma espécie de salpicão (R$9,83), mais o guaraná em lata (R$4,00). A comida deveria ser bem leve, conforme o instrutor do mergulho tinha recomendado. Confesso que fiquei bem tensa, ansiosa e com medo ao mesmo tempo. O transfer chegou pra nos buscar um pouco depois do horário combinado, o que aumentou ainda mais a tensão. Subimos na caminhonete e lá tinham mais 3 mulheres, todas apreensivas, mas todas se mostravam melhor do que eu... rs. Desembarcamos no porto e em menos de meia hora já estávamos entrando no barco. Adrenalina a mil, cada vez mais perto. Conforme íamos navegando foi nos apresentado todo o pessoal da embarcação, desde os instrutores até o comandante e o pessoal das fotos (R$30,00 cada uma, em arquivo jpeg, um absurdo) e filmagens (R$170,00).
Almoço no Restaurante Ousadia

Esperando a hora do mergulho
Logo depois disso recebemos uma aulinha sobre cuidados básicos na hora do mergulho, como os sinais: ok, água na máscara, dor no ouvido, subir e algo de errado. Também ensinaram como despressurizar o ouvido, tirar a água da máscara, nadar no sentido correto, etc. O barco deu uma primeira parada, que foi para o pessoal que já tinha o curso mergulhar, demorou um pouco e as ondas estavam batendo muito, com isso fui ficando muito enjoada. Depois de todo o pessoal profissional descer, continuamos nossa viagem até o local onde seria realizado o batismo. Assim que chegamos já pediram 3 pessoas pra descer, todos já estávamos vestidos com as roupas de neoprene, só faltava colocar o colete e o cilindro. Cada pessoa tem um instrutor específico, que fica com você todo o tempo e só desce a partir do momento em que você dá o okey de que está seguro. Como cada um tinha o tempo de 30 minutos embaixo d`água, fora o período de adaptação, e só desciam 3 por vez, ficamos um bom tempo parados ali, sempre com um pouco de ondas, até pq estávamos parados bem próximo de um paredão. Eu, Gatão e Rodrigo fomos os últimos, sendo eu a primeira entre nós. O comandante colocou uns pesinhos na minha cintura, de acordo com o meu peso, me deu os pés de pato e colocou o colete e o cilindro. Nisso o meu instrutor já estava na beira do barco me esperando, eu sentada na parte de trás dele, e me falando pra girar o corpo e descer no “3”. Achei que não fosse conseguir fazer isso, já que eu não consigo de jeito nenhum saltar de barcos, sempre uso a escadinha, mas até que foi tranqüilo. O instrutor ficou um tempo comigo na superfície, testando a máscara e o cilindro. Assim que fiquei um pouco confiante ele mandou eu enfiar a cabeça na água e continuar respirando, logo depois falou pra gente descer um pouquinho, e então fomos descendo um pouco. Começou a entrar água na minha máscara, então pedi pra subir e ele trocou de máscara comigo. A dele ficou bem melhor em mim e então fizemos os preparativos todos de novo, descendo cada vez mais e mais. Dessa vez cheguei quase no fundo, mas como estava muito nervosa acabei me atrapalhando várias vezes com a respiração e com isso expirava pelo nariz, o que fazia entrar água na máscara. Fiz o desalagamento da maneira como eles ensinaram, mas não deu muito certo, então fui ficando muito mais nervosa, tentei mais duas vezes e não consegui, desesperada já pedi pra subir, mas o instrutor ficou me acalmando, mandando eu fazer direito. Ele fazia e me mandava o imitar, tentei mais três vezes e nada, ou melhor, achei que não tivesse melhorado, mas na verdade tinha, o problema mesmo era que eu estava respirando errado, o que acabou fazendo com que entrasse água no meu nariz. Insisti pra subir e ele acatou, então me acalmei na superfície, e recomeçamos todo o processo. Dessa vez eu estava melhor, consegui descer até o final mesmo, 15 metros de profundidade, me acostumei com a máscara e com o cilindro, e começamos a nadar. Foram passando vários peixes por mim, peixes enormes, super coloridos. Alguns iguais aos da Praia do Sueste, mas bem maiores, incrível como quanto mais fundo, maior eles ficam. O problema é que mesmo tendo acostumado eu ainda estava meio tensa, e eu quando fico assim começo a tremer, mas tremo muito. De tanto eu tremer, descompassadamente (sem perceber), o instrutor começou a ficar nervoso, achando que eu estava com muito frio, começou a me perguntar se eu estava com frio, mas como eles não tinham ensinado esse gesto, eu não entendi. Continuei mergulhando, mas percebi que estávamos muito mais rápido agora, e quando eu dei por mim já estava na superfície de novo. Não era possível que já tivesse acabado o tempo, então perguntei pra ele e a resposta foi exatamente esta: “Menina, você tava quase morrendo de hipotermia lá embaixo!”, e eu sem entender nada, aí ele explicou das minhas tremedeiras e eu rindo tive que falar pra ele que não era de frio, era de nervoso. Então descemos de novo, sempre fazendo a despressurização do ouvido, foi ótimo, não senti absolutamente nada de dor.
Eu no mergulho

O fundo do mar
Continuamos o mergulho, peixes, muitos peixes, alguns pequenos, outros enormes, e o instrutor sempre me apontando as coisas. Aí de repente ele apontou e eu vi uma arraia passar nadando bem na minha frente, ela entrou em uma gruta
 e nós fomos acompanhando ela do lado de fora, lado a lado, lindo demais. A gruta era na verdade uma mini caverninha, aberta na lateral, então dava pra ver tudo. Encontrei com Thiago lá embaixo, ele tirou uma foto minha, logo depois a fotógrafa também veio e tirou uma nossa, a menina ficou um tempo ainda perto de mim e o instrutor sempre me jogando pra onde seriam lugares bonitos pra fotos.
Arraia Prego

Peixes gigantes
Passou bem rápido e logo já estávamos na superfície de novo, dessa vez em definitivo. Ele me tirou o colete e o cilindro, e me encaminhou para a escada do barco, tirei as nadadeiras, entreguei pro comandante e subi, um pouco aliviada por estar de volta ao ar e um pouco maravilhada pelas coisas lá embaixo. Pena que de novo, não consegui ver tubarão. Thiago e Rodrigo subiram logo depois, Thiago viu uma outra arraia, diferente da minha, que estava parada, e Rodrigo viu uma tartaruga e duas moréias, enormes, verdes com olhos bem azuis. Comecei a enjoar de novo no barco, mas como tínhamos sido os últimos não demorou muito para partirmos. Chegamos ao porto já eram 17:40h e a Máh, que não tinha ido mergulhar, já estava esperando pela gente por lá. Dispensamos o transfer da Noronha Divers e fomos tentar ver tubarão no alagado, que fica bem próximo ao porto. Chegamos lá e ele estava totalmente vazio, maré super baixa, de novo, não foi dessa vez... sorte que pelo menos eu já tinha visto um, mesmo que filhote, lá no Sueste. Entramos no Museu dos Tubarões de novo e Thiago cismou de comprar uns adesivos de mergulho, tava se achando o mergulhador, quer investir no curso e tudo. Voltamos pro porto pra pegar o ônibus, ele demorou um pouco e quando veio, saiu de linha. Anoiteceu e a gente ali, esperando. Nisso passou uma van da Blue Marlin e nos ofereceu carona, maravilha, nos deixaram na porta da pousada. Entramos pra nos arrumar para ir assistir a palestra do Tamar, que seria de tubarões hoje, mas quando chegamos lá eles tinham mudado o roteiro e acabou sendo sobre o Atol das Rocas, muito legal também. O palestrante era ótimo, interagia bastante com o pessoal, explicava bem as coisas, fora que as imagens de lá são maravilhosas. Na saída entramos um pouco na lojinha do Tamar, mas acabei nem comprando nada, redução de gastos, e lá é tudo bem carinho. Na volta paramos no Flamboyant pra jantar, mas eles tinham acabado de fechar a cozinha, então fomos até o Restaurante Tom Marrom.
Museu dos Tubarões

Restaurante Tom Marrom
Assim que vi o cardápio me assustei, super caro, mas também, poucas foram as refeições baratas aqui sem ser o self service. Eu pedi um frango grelhado (R$30,00), estava muito enjoada do barco ainda, e Thiago uma paella (R$45,00), ambos muito bons e descobrimos que se quiséssemos poderíamos ter dividido, olha o tamanho do prato na foto. O restaurante também é super aconchegante, luz de velas, música MPB ao vivo... Quando chegamos no hotel pra dormir já eram mais de meia noite.

2 comentários:

  1. Vanessaaaaaaaaaa, PARABENS por ter ganho o nosso sorteio!


    Um beijo =)

    www.fuxicodenoiva.com.br
    http://casamentodossonhos-juefe.blogspot.com

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  2. Que viagem incrível, Vanessa!
    Muito lindo!!!!
    vim avisar que já tá no blog o primeiro tema para o DESAFIO NAIL ART!!!
    Bóra lá conferir e participar!
    Espero a tua nail art!
    Bjimmmm
    http://tatianamachado.wordpress.com/2011/11/09/desafio-nail-art-1/

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